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Recomendações para RCP em pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19

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Recomendações para RCP em pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19

A ressuscitação em si, com manobras de compressão, ventilação e desfibrilação mantém a mesma diretriz vigente.

Contudo, na situação de maior gravidade clínica do paciente, a PCR (Parada Cardiorrespiratória), soma-se ao estresse produzido ao profissional envolvido nesse processo o risco alto de contaminação por uma doença que está causando milhares de mortes no mundo todo.

Pensando nesse perfil de pacientes e nos profissionais envolvidos nessa situação de emergência, alguns dos mais importantes órgãos brasileiros publicaram recentemente um compêndio das recomendações para essas situações.

Quais cuidados extras devemos observar neste momento em que lutamos contra essa pandemia? A Sociedade Brasileira de Cardiologia, juntamente com a Associação Médica Brasileira e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira nos ajudam a pontuar os principais tópicos envolvidos:

– Casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 devem ser SINALIZADOS PREVIAMENTE às equipes de emergência e aos TRR (times de resposta rápida), podendo-se, como sugestão, criar um código específico para esse tipo de paciente neste momento;

– Os EPI (Equipamentos de proteção individual) específicos para a segurança dos profissionais em relação ao coronavírus devem estar PREVIAMENTE PREPARADOS e ofertados às equipes antes mesmo de iniciar o atendimento;

– Compressão como prioridade? NÃO desta vez! A PRIORIDADE deve ser a SEGURANÇA dos profissionais envolvidos na RCP;

– Pense rápido! A principal hipótese da causa reversível dessas PCR deve ser HIPÓXIA! Seguidas de acidemia e trombose coronária;

– Priorize uma VIA AÉREA AVANÇADA! Já sabemos que as repercussões respiratórias do Covid-19 são responsáveis pela sua grande mortalidade!

– Devemos evitar a ventilação por BVM ( bolsa-válvula-máscara) pois os estudos mostram que ela aumenta o risco de aerolização, aumentando a chance de contágio! Como fazer isso? Via aérea avançada o mais rápido possível!

– Observar e atentar para o descarte adequado do material contaminado utilizado durante a RCP, bem como na retirada desses EPI utilizados pelos profissionais de saúde, a fim de evitar contaminação desses e de outras pessoas no ambiente hospitalar;

– POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE: treinamento, treinamento, treinamento…a simulação realística é a chave para treinarmos principalmente a questão da segurança do profissional de saúde que tanto está afetando o mundo todo!

Fonte:

Recomendações para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de pacientes com diagnóstico ou suspeita de COVID-19

Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Autores: Hélio Penna Guimarães, Sérgio Timerman, Thiago Correa, Roseny dos Reis Rodrigues, Ana Paula Freitas, Álvaro Rea Neto

Natália Ramos Imamura de Vasconcelos

Enfermeira formada pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema). Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP São Paulo. Instrutora dos cursos de BLS, ACLS e First Aid pela American Heart Association (AHA). Mestre em Saúde e Envelhecimento pela Famema. Doutoranda em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio Libanês - São Paulo

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